Com início em outubro de 2016, o trabalho de Arte-Educação-Ambiental, que vem sendo desenvolvido no Ateliê Anjico, encontrou novo público e visitou novos espaços. Como parte integrante do Projeto Ecotrilhas da Serrinha do Paranoá, que teve o Instituto Oca do Sol como proponente e patrocínio do Banco do Brasil, seis oficinas foram oferecidas aos professores da Escola Classe Aspalha, que se encontra no Núcleo Rural do Córrego Palha.
A Escola atende alunos da Serrinha, oferecendo o Ensino Fundamental, do 1º ao 5º ano.
O primeiro encontro aconteceu no Ateliê Anjico, que fica no Córrego Urubu.
As professoras foram convidadas a desenhar cada qual sua casa, segundo o princípio que o meio-ambiente é o ambiente que nos rodeia cotidianamente.
Depois fomos conhecer uma chácara vizinha, que tem as árvores do cerrado identificadas, com seu nome popular e científico. Cada professora colheu uma folha para depois desenhar no Ateliê.
Ainda neste mesmo encontro fomos onde o Córrego Sagui deságua no Urubu, que juntamente com o Córrego Olhos D'água, formam a micro-bacia do Córrego Urubu.
No segundo encontro aprendemos sobre as cores primárias e secundárias, que alternadamente compõem as cores do arco-íris. E todas puderam experimentar na prática as misturas, que depois foram utilizadas em pinturas abstratas e figurativas.
Alguns livros foram utilizados para dar base à pesquisa e para as pinturas figurativas o tema escolhido foi a fauna do Cerrado.
Onça pintada, e bem pintada!
A fauna e a flora do Cerrado foram valorizadas nestas oficinas. Para isto utilizamos também o ABCerrado, um abecedário que para cada letra lembra um animal e uma planta de nosso bioma.
No terceiro encontro cada professora foi convidada a desenhar sua vizinhança, para ajudar a ampliar a consciência do meio em que vive.
E como "O meio-ambiente começa no meio da gente" como bem disse o poeta Tetê Catalão, ainda neste encontro realizamos uma 'pintura de corpo inteiro', onde cabia incluir desde os aspectos mais físicos e materiais como os aspectos mais sutis como as emoções e sentimentos, por exemplo.
A liberdade na expressão e no uso das cores e das formas é fundamental no
ensino/aprendizagem da arte.
O quarto e o quinto encontro aconteceram na Escola Classe Aspalha, já em 2017,
durante a semana da água.
Nestas oficinas participaram os professores, alunos monitores e estagiários.
Foram cem alunos em cada turno, pintando cada um seu pequeno afluente que desembocava num grande rio central, o rio da vida. E ao longo do rio foram plantadas muitas árvores, algumas casas e animais de muitas espécies vieram habitar estas águas e estas terras banhadas pelos córregos.
Além de refletir sobre a questão da água as crianças tiveram a oportunidade de experimentar a realização de um trabalho cooperativo e colaborativo, compartilhando com os colegas do lado os materiais utilizados.
Lápis de grafite, giz de cera e tinta foram utilizados sobre os grandes rolos de papel kraft, formando incríveis painéis, que depois foram utilizados na decoração da escola.
Parece que as crianças gostaram!
Para integrar ainda mais as crianças, levando-as a sentir a energia do coletivo, dançamos no pátio cirandas, com músicas que falam de rios e mares.
E para finalizar passamos um vídeo onde o artista plástico Rômulo Andrade apresenta seu trabalho, uma exaltação do Cerrado, com suas águas, flora e fauna.
No sexto encontro a ideia foi integrar as oficinas com os professores às outras oficinas oferecidas pelo Projeto Ecotrilhas.
Este encontro foi realizado na Chácara Ilumina, onde se encontra a nascente do Córrego Palha e teve como foco principal o reconhecimento das árvores do cerrado.